Você está vendo a documentação do Kubernetes versão: v1.25

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Melhores Práticas de Configuração

Esse documento destaca e consolida as melhores práticas de configuração apresentadas em todo o guia de usuário, na documentação de introdução e nos exemplos.

Este é um documento vivo. Se você pensar em algo que não está nesta lista, mas pode ser útil para outras pessoas, não hesite em criar uma issue ou submeter um PR.

Dicas Gerais de Configuração

  • Ao definir configurações, especifique a versão mais recente estável da API.

  • Os arquivos de configuração devem ser armazenados em um sistema de controle antes de serem enviados ao cluster. Isso permite que você reverta rapidamente uma alteração de configuração, caso necessário. Isso também auxilia na recriação e restauração do cluster.

  • Escreva seus arquivos de configuração usando YAML ao invés de JSON. Embora esses formatos possam ser usados alternadamente em quase todos os cenários, YAML tende a ser mais amigável.

  • Agrupe objetos relacionados em um único arquivo sempre que fizer sentido. Geralmente, um arquivo é mais fácil de gerenciar do que vários. Veja o guestbook-all-in-one.yaml como exemplo dessa sintaxe.

  • Observe também que vários comandos kubectl podem ser chamados em um diretório. Por exemplo, você pode chamar kubectl apply em um diretório de arquivos de configuração.

  • Não especifique valores padrões desnecessariamente: configurações simples e mínimas diminuem a possibilidade de erros.

  • Coloque descrições de objetos nas anotações para permitir uma melhor análise.

"Naked" Pods comparados a ReplicaSets, Deployments, e Jobs

  • Se você puder evitar, não use "naked" Pods (ou seja, se você puder evitar, pods não vinculados a um ReplicaSet ou Deployment). Os "naked" pods não serão reconfigurados em caso de falha de um nó.

    Criar um Deployment, que cria um ReplicaSet para garantir que o número desejado de Pods esteja disponível e especifica uma estratégia para substituir os Pods (como RollingUpdate), é quase sempre preferível do que criar Pods diretamente, exceto para alguns cenários explícitos de restartPolicy:Never. Um Job também pode ser apropriado.

Services

  • Crie o Service antes de suas cargas de trabalho de backend correspondentes (Deployments ou ReplicaSets) e antes de quaisquer cargas de trabalho que precisem acessá-lo. Quando o Kubernetes inicia um contêiner, ele fornece variáveis de ambiente apontando para todos os Services que estavam em execução quando o contêiner foi iniciado. Por exemplo, se um Service chamado foo existe, todos os contêineres vão receber as seguintes variáveis em seu ambiente inicial:

    FOO_SERVICE_HOST=<o host em que o Service está executando>
    FOO_SERVICE_PORT=<a porta em que o Service está executando>
    

Isso implica em um requisito de pedido - qualquer Service que um Pod quer acessar precisa ser criado antes do Pod em si, ou então as variáveis de ambiente não serão populadas. O DNS não possui essa restrição.

  • Um cluster add-on opcional (embora fortemente recomendado) é um servidor DNS. O servidor DNS monitora a API do Kubernetes buscando novos Services e cria um conjunto de DNS para cada um. Se o DNS foi habilitado em todo o cluster, então todos os Pods devem ser capazes de fazer a resolução de Services automaticamente.

  • Não especifique um hostPort para um Pod a menos que isso seja absolutamente necessário. Quando você vincula um Pod a um hostPort, isso limita o número de lugares em que o Pod pode ser agendado, porque cada combinação de <hostIP, hostPort, protocol> deve ser única. Se você não especificar o hostIP e protocol explicitamente, o Kubernetes vai usar 0.0.0.0 como o hostIP padrão e TCP como protocol padrão.

    Se você precisa de acesso a porta apenas para fins de depuração, pode usar o apiserver proxy ou o kubectl port-forward.

    Se você precisa expor explicitamente a porta de um Pod no nó, considere usar um Service do tipo NodePort antes de recorrer a hostPort.

  • Evite usar hostNetwork pelos mesmos motivos do hostPort.

  • Use headless Services (que tem um ClusterIP ou None) para descoberta de serviço quando você não precisar de um balanceador de carga kube-proxy.

Usando Labels

  • Defina e use labels que identifiquem atributos semânticos da sua aplicação ou Deployment, como { app: myapp, tier: frontend, phase: test, deployment: v3 }. Você pode usar essas labels para selecionar os Pods apropriados para outros recursos; por exemplo, um Service que seleciona todos os Pods tier: frontend, ou todos os componentes de app: myapp. Veja o app guestbook para exemplos dessa abordagem.

Um Service pode ser feito para abranger vários Deployments, omitindo labels específicas de lançamento de seu seletor. Quando você precisar atualizar um serviço em execução sem downtime, use um Deployment.

Um estado desejado de um objeto é descrito por um Deployment, e se as alterações nesse spec forem aplicadas o controlador do Deployment altera o estado real para o estado desejado em uma taxa controlada.

  • Use as labels comuns do Kubernetes para casos de uso comuns. Essas labels padronizadas enriquecem os metadados de uma forma que permite que ferramentas, incluindo kubectl e a dashboard, funcionem de uma forma interoperável.

  • Você pode manipular labels para depuração. Como os controladores do Kubernetes (como ReplicaSet) e Services se relacionam com os Pods usando seletor de labels, remover as labels relevantes de um Pod impedirá que ele seja considerado por um controlador ou que seja atendido pelo tráfego de um Service. Se você remover as labels de um Pod existente, seu controlador criará um novo Pod para substituí-lo. Essa é uma maneira útil de depurar um Pod anteriormente "ativo" em um ambiente de "quarentena". Para remover ou alterar labels interativamente, use kubectl label.

Imagens de Contêiner

A imagePullPolicy e tag da imagem afetam quando o kubelet tenta puxar a imagem especificada.

  • imagePullPolicy: IfNotPresent: a imagem é puxada apenas se ainda não estiver presente localmente.

  • imagePullPolicy: Always: sempre que o kubelet inicia um contêiner, ele consulta o registry da imagem do contêiner para verificar o resumo de assinatura da imagem. Se o kubelet tiver uma imagem do contêiner com o mesmo resumo de assinatura armazenado em cache localmente, o kubelet usará a imagem em cache, caso contrário, o kubelet baixa(pulls) a imagem com o resumo de assinatura resolvido, e usa essa imagem para iniciar o contêiner.

  • imagePullPolicy é omitido se a tag da imagem é :latest ou se imagePullPolicy é omitido é automaticamente definido como Always. Observe que não será utilizado para ifNotPresentse o valor da tag mudar.

  • imagePullPolicy é omitido se uma tag da imagem existe mas não :latest: imagePullPolicy é automaticamente definido como ifNotPresent. Observe que isto não será atualizado para Always se a tag for removida ou alterada para :latest.

  • imagePullPolicy: Never: presume-se que a imagem exista localmente. Não é feita nenhuma tentativa de puxar a imagem.

Usando kubectl

  • Use kubectl apply -f <directory>. Isso procura por configurações do Kubernetes em todos os arquivos .yaml, .yml em <directory> e passa isso para apply.

  • Use labels selectors para operações get e delete em vez de nomes de objetos específicos. Consulte as seções sobre label selectors e usando Labels efetivamente.

  • Use kubectl create deployment e kubectl expose para criar rapidamente Deployments e Services de um único contêiner. Consulte Use um Service para acessar uma aplicação em um cluster para obter um exemplo.

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